sábado, 2 de abril de 2011

ata da setima aula de expressão corporal e vocal

São Paulo, 22 de fevereiro de 2011.
Ata da sétima aula de expressão corporal e vocal, com os professores Daniela Rocha Rosa e Rodrigo Spina.
Já eram dezenove horas e cinqüenta e poucos minutos quando entrei na sala e como se diz por ai sempre tem a primeira vez; primeira aula de expressão, ATRASADO.
Já tinha me trocado e estava preparado para assistir a aula, mas... Lembrei-me da professora Daniela, no primeiro dia de aula dizendo; “quando chegarem atrasados e virem os colegas em algum exercício; aguardem no canto e esperem a permissão para entrarem”, foi isso que eu fiz.
Os demais alunos se encontravam deitados no chão, em um exercício de aquecimento para despertar todas as partes do corpo. Junto dos movimentos vinham os comandos de Daniela para imaginarmos o nosso corpo pintando o chão, desde pés as axilas. Em movimentos diversificados, os alunos buscavam espaços e posições diferentes, conhecendo a si mesmo.
Bem, até ai, EU já tinha entrado nesta historia, lógico depois da permissão da professora.
Depois do brevê exercício e com todos na posição referencial, a professora pediu que fechássemos os olhos e sentíssemos qual parte de nosso corpo pedia que fosse acionada, movimentada e despertada, e em seguida cada um moveu a parte que lhe cobrava o despertar; minhas pernas me imploraram um pouquinho mais de atenção, afinal o dia todo de pé judiou muito delas.
Despertado e acordado, mas ainda de olhos fechados; ouvimos o comando seguinte da professora, onde não lembro muito bem as palavras, mas era assim “fiquem deitados de lado, curvados...” que nem um FETO, e que apoiássemos nossas mãos para levantarmos devagar, 1...2...3...já de olhos abertos e sentados no chão, Daniela nos questionou se tínhamos percebido o processo do nosso corpo ao se levantar, mas antes mesmo de respondermos ela pediu que fizéssemos de novo, 1...2...3...e assim com a RETROSPECTIVA, foi possível avaliarmos melhor esse processo.
Nosso corpo ao se levantar do chão (onde se encontrava deitado de lado) utiliza as mãos como suporte e meio de força, para impulsionar todo o resto, levantando primeiro o dorso; que acompanha o movimento junto a força das mãos, erguendo por ultimo nossa cabeça, a parte mais pesada desta nossa ferramenta (principalmente a minha).
Como todas as coisas precisam de tempo e de um processo para se realizarem, para se levantar do chão não é diferente e ainda sem causar nenhuma tensão em nosso corpo; é natural da nossa ferramenta seguir esse processo, primeiro o dorso e depois a cabeça ao se levantar, isso sem causar nenhum mal. Mas quando não respeitamos as etapas e levantamos rápidos demais ou de alguma maneira que sobrecarreguemos alguma parte, “AAAIIIII!!!!NM>VB!!!!...meu pescoço...”, temos a tendência de contrair e tencionar os músculos do nosso pescoço.
Onde uma “simples” tensão acarreta uma série de problemas; dores, variação na voz, falta de flexibilidade e até mudança no gênio da pessoa. Cuidar, relaxar e despertar outras partes do corpo também é preciso.
No exercício seguinte, todos em roda e com a professora Daniela ao centro, fizemos umas serie de movimentos para relaxar; primeiro o pescoço e seus próximos, onde massageando, pegando, apertando e ate puxando, foram tirando a tensão e digo de passagem, eu estava brisando sozinho ao relaxar e nem percebi direito a professora brincar com a PEGADA.
Ainda no mesmo exercício, a professora perguntou se havíamos lavado as mãos, cada um olhou para suas mãos tentando achar alguma sujeira e se perguntando o porquê daquele comentário.
O exercício de relaxamento do corpo também se estendeu para “dentro” de nossa boca, movimentos com as mãos massageando a parte interior e a parte externa da boca, com sincronia ou não (e pouquinho de dor também), foram excelente para o rosto como um todo, deixando os músculos mais leves e melhorando na articulação dos mesmos para a fala.
Continuando, não sei bem a ordem dos casos, afinal memória não é meu forte.
Mas sentamos para ler a ATA da aula anterior feita por Litcia, que se preocupou muito nesse mesmo dia; pois ninguém tinha se encarregado de fazê-la.
Foi uma leitura ótima de um belo texto, certas pessoas se destacaram muito bem e até foram elogiadas, só não gostei que não deu para EU ler, pois quando chegou minha vez, a Raquel engatou a primeira e não parou mais, nem a professora quis interrompe-la( mas lógico, sua leitura nos surpreendeu, parabéns...de novo Raquel!). Apesar das quatro paginas de ATA, fui envolvido e utilizo uma frase da professora para descrever a obra de Litcia, “uma apaixonada pelo que faz...”. Aplaudimos e alguns se emocionaram com a sensibilidade da nossa colega Litcia.
No exercício seguinte, houvesse a substituição: sai Dani e entra Spina para o segundo tempo da aula. Com todos ainda em roda, Rodrigo nos fez lembrar-se da respiração diafragmática e seus benefícios, onde muitos a esquecem; pois o exercício de voz da aula se basearia na respiração curta.
A respiração diafragmática ocorre da seguinte maneira; com os pulmões previamente esvaziados, movimentasse a barriga para diante e para trás sob a ação do diafragma (o músculo que separa o tórax do abdômen).
O exercício se desenvolveu em cima de dois tipos de respiração denominados pelo professor de respiração coxinha e sapo. A respiração do sapo se dá com os pulmões vazios e ao movimentar a boca abrindo-a e fechando, o ar já entra automaticamente forçando a respiração pelo diafragma; pra mim até ai tudo bem.
Já a respiração coxinha ocasiona o mesmo resultado, a respiração automática utilizando o músculo do diafragma; mas com o movimento de surpreso, segundo Rodrigo, aplicando uma respiração curto sem fechar a boca, importantíssima para o ator. O segredo compartilhado com vocês colegas de cursos, gosto muito de coxinha, mas acho que ela não gosta de mim, pois penei para conseguir entender o funcionamento dessa respiração; fiquei até de castigo no chão deitado tentando refazê-la e sem trancos no dorso, como Rodrigo tinha recomendado.
Enquanto isso os demais, mantiveram a respiração coxinha só que acompanhada em respiração de “S” e “F”(se não me engano, afinal é difícil se concentrar em duas coisas), depois passaram a reter o ar em quatro tempo, oito e assim por diante. Com o termino do exercício, abandonado no chão, segui para o próximo exercício que seria acompanhado pelo teclado.
No exercício seguinte a cada tom tocado pelo professor, os alunos acompanhavam com o “brraaaa!” vibrando junto os lábios, de inicio com três respirações curtas (as coxinhas).
 E assim continuou o exercício não lembro bem ao certo, mas foram divididos em homens e mulheres, mas ainda acompanhando as notas com o professor.
Durante esse exercício, um comentário do professor Rodrigo foi essencial para que eu conseguisse fazer o tal coxinha; “ao abrir a boca coloque o queixo para trás...” e foi isso que faltava para completar o meu movimento, que até ali estava errado. O sinal toca e todos saem para o intervalo, fiquei um pouco mais na sala para conversar com a Professora Daniela (parabenizando-a pelo espetáculo Boca de Ouro) e também para que o professor Rodrigo visse se eu tinha conseguido acertar o movimento coxinha. Sim... Eu consegui.
De volta do intervalo sentamos em roda para realizar o exercício seguinte, com o as frases em mão que foi dado aulas atrás para nós; iniciou-se uma leitura de textos que mais parecia travas línguas.
Um bom exercício  para dicção e reprodução da voz; onde foi muito bom ver nossos colegas acatarem as recomendações dos professores,” coloquem o ridículo para fora, sejam o oposto de você!”.
E assim foi aluno por aluno mostrando seu personagem para os demais, e nada mais justo que nossos colegas que faltaram e não puderam compartilhar do exercício, tenham um previa do que foi na semana passada.
PROPONHO UM JOGO ENTAO, dou a frase e digo a você pessoa que esta lendo, como deve fazer a leitura, certo? Então vamos lá e olhe lá se não fizer... Rodrigo!!! Pode apertar a campainha!
·         (feliz) Um atleta atravessa o Atlântico em busca da Atlântida que viu num atlas.

PROXIMO

·         (velho ranzinza) No quarto do Crato eu cato quatro cravos cravados no crânio da caveira do Craveiro.
E POR ULTIMO.
·         (perua escandalosa) Os quebros e requebros do samba quebram os quebrantes dos falsos santos.
Enfim muito engraçado o exercício, e assim se deu o exercício.
Espero que tenham gostado, obrigado a todos e também obrigado por ontem pessoal, abraço.Esta foi mais uma ata da AULA DE EXPRESSÃO CORPORAL E VOCAL, com os ótimos professores Dani e Rodrigo.

 




                                                                                                                                             Paulo Pedroso

2 comentários:

  1. Aí, povo teatral! Se quiserem, dêem uma olhada no meu post sobre Hamlet. Mas aviso: talvez minha opinião seja diferente da maioria de vocês, hein!

    http://gatosmucky.blogspot.com/2011/04/um-principe-barulhento-demais.html

    Abraço.

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  2. Aliás, cadê o meu e-mail na lista de contatos?

    GRRRRRRR!!!

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